terça-feira, 4 de janeiro de 2011

2011

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano.
Foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a
funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação
e
tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante, tudo vai ser diferente."
(Carlos Drummond de Andrade)
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Se 2010 terminou de uma forma genial, com trancos e barrancos cada vez mais vultosos e com conteúdo que aprendo, desconheço, arremesso...não me atrevo, conheço, satisfaço, me satisfaz, amo, ironizo, desabo, encontro, junto...

Posso dizer que esse ano se inicia com uma ressaca na vida. Clichê à parte, a hora é de tomar um rumo e mudar a cara de algo que não mais me atém.
A liberdade de um pássaro chega a ser cada vez mais apreciada e ostentada. As garras devem aparecer. Quem sabe as de uma águia? Nessa realidade, o que posso dizer é que vem um gavião e, desta vez, não o da FIEL...como chamá-lo?

Vontades e desejos não são concretos até que algo, que alguém e que um conjunto de pessoas se movam, façam acontecer. Esperar não é mais uma desculpa. Essa, por sua vez desgastada, chega a soar como um desleixo, mais uma bela e singela hipocrisia aterrorizante...com o próprio eu e, no conjunto, com a nação. No escuro pode ver claramente que, no escuro, não viverão.
Ariane Cordeiro.

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