sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Suas Mãos
Aquele doce que ela faz
quem mais saberia fazê-lo?
Tentam. Insistem, caprichando.
Mandam vir o leite mais nobre.
Ovos de qualidade são os mesmos,
manteiga, a mesma,
iguais açúcar e canela.
É tudo igual. As mãos (as mães?)
são diferentes.

Carlos Drummond de Andrade
Let's play that
(Torquato Neto)
quando eu nasci um anjo louco
muito louco veio ler a minha mão
não era um anjo barroco
era um anjo muito louco, torto
com asas de avião
eis que esse anjo me disse
apertando a minha mão
com um sorriso entre dentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
vai bicho desafinar
o coro dos contentes
let's play that
Até o fim

(Chico Buarque de Holanda)
Quando nasci veio um anjo safado

O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
(...)


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Delícias em São Paulo

A rede de descontos SaveMe me proporcionou uma viagem ao mundo da culinária. Com apenas um click, você pode degustar esse maravilhoso site: http://www.opotedorei.com/ . O melhor, a sugestão do dia custa RS27,00. Em certos dias do mês eu posso achar até caro, principalmente no final dele, mas, se olharmos a qualidade do lugar, o chefe, as opções do cardápio e a qualidade dos ingredientes, vale mais do que a pena!

Outro restaurante que queria comentar, que já fui há uns dois anos, e me deu água da boca foi o Pasquale. Com esses pratos fica difícil não salivar:

Baião de dois de frutos do mar (receita do chef César Santos da Oficina do Sabor/Olinda) com arroz, feijão fradinho, leite de coco, manga, polvo, lula, camarão e um toque de curry;


Pérola Negra (clássico da casa por R$ 32): penne levemente apimentado com tomate, mozzarella de búfala, alho, azeitonas, panceta, manjericão e pecorino;


Spezzatino (R$ 25). Um rigatoni com espesso e perfumado molho de tomate e cubões de carne cozida que se desmancham.


Restaurante Pasquale (foto)

R. Amália de Noronha, 167 - Pinheiros

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Coleção "Grande Discoteca Brasileira Estadão"

Um bom tempo sem postar por aqui e já vejo como um computador faz falta. No trabalho é quase impossível eu conseguir postar: toca o telefone, escreve, Ari pra cá, Ari pra lá...e por ai vai. Ontem, depois de um breve passeio pelo o bairro da Liberdade parei em uma banca e vi o primeiro CD da coleção "Grande Discoteca Brasileira Estadão". Apesar de direita, a coleção do jornal vale a pena, ainda mais porque não vem ele junto! rs

Como estamos, na medida do possível, juntando a coleção do Chico, esta do OESP traz alguns discos muito interessantes. À exemplo, o primeiro é o da "Tropicália ou Panis et circenses", um grande repertório com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Tom Zé, Gal Costa e Nara Leão, com clássicos como Panis et Circenses, Bat Macumba e Baby.

Para compor os demais títulos foram selecionados discos de diferentes momentos da história da música brasileira e diversos gêneros, passando pelo samba, o tropicalismo, o baião, o pop rock, entre tantos outros. Cada fascículo contém uma biografia do artista antes e durante o período do disco em questão, contexto histórico, cultural e social do Brasil em determinadas épocas, discografia relacionada ao universo dos respectivos álbuns, capa e contracapa originais.

Ao todo serão 25 volumes, cada um com um CD acompanhado de um livreto com média de 60 páginas, incluindo fotos inéditas e informações técnicas sobre discos de grandes intérpretes e compositores da música brasileira. Um volume será lançado a cada domingo até o início de abril.

Como achei interessante, segue a lista para todos:
1ºCD: TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSES Ano: 1968 Gravadora: Polygram/Philips O primeiro disco da 'Grande Discoteca Brasileira Estadão' reúne Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes, Tom Zé, Gal Costa e Nara Leão, com clássicos como Panis et Circenses, Bat Macumba e Baby.

2ºCD: MEUS CAROS AMIGOS Ano: 1976 Gravadora: Phonogram/Philips Disco antológico, tem verdadeiros hinos contra o regime militar, como O Que Será (À Flor da Pele) e Meu Caro Amigo.
3ºCD: IDEOLOGIA Ano: 1988 Gravadora: Polygram/Philips Marco de uma geração e do rock dos anos 1980, com produção de Ezequiel Neves, tem Ideologia, Brasil e Faz Parte do Meu Show.
4ºCD: CLUBE DA ESQUINA Ano: 1972 Gravadora: EMI-Odeon Com harmonias e formas criativas, tem alguns arranjos históricos de Eumir Deodato e Wagner Tiso para Clube da Esquina nº 2 e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo.

5ºCD: CINEMA TRANSCENDENTAL Ano: 1968 Gravadora: Polygram/Philips Com o grupo A Outra Banda da Terra, Caetano estoura com sucessos como Lua de São Jorge, Menino do Rio, Cajuína e Beleza Pura.

6ºCD: ACABOU CHORARE Ano: 1972 Gravadora: Som Livre A trupe de Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Baby do Brasil fez um clássico instantâneo, com Preta Pretinha, Tinindo Trincando e A Menina Dança.
7ºCD: SECOS & MOLHADOS Ano: 1973 Gravadora: Continental/ WEA O performático grupo liderado por Ney Matogrosso chocou os bons costumes da época com petardos como Sangue Latino, O Vira e Fala.
8ºCD: CABEÇA DINOSSAURO Ano: 1986 Gravadora: WEA Com produção de Liminha, o maior álbum da carreira dos Titãs, com formação original, tem Polícia, Bichos Escrotos, Família e Homem Primata.
9ºCD: A TÁBUA DE ESMERALDA Ano: 1974 Gravadora: Polygram/Philips O disco retrata Jorge Ben em uma fase de magia com Os Alquimis-tas Estão Chegando, Zumbi e Errarr Humanum Est.
10ºCD: FRUTO PROIBIDO Ano: 1975 Gravadora: Phonogram/Philips Depois de deixar Os Mutantes, Rita Lee grava com Tutti Frutti um álbum antológico, com Ovelha Negra, Agora Só Falta Você e Luz Del Fuego.
11ºCD: EXPRESSO 2222 Ano: 1972 Gravadora: Polygram/Philips Primeiro disco de Gilberto Gil após o exílio em Londres, tem Expresso 2222, Chiclete Com Banana e Cada Macaco No Seu Galho.
12ºCD: TUDO AZUL Ano: 1984 Gravadora: WEA Também produzido por Liminha, o hit maker Lulu Santos estourou com O Último Romântico, Certas Coisas, Tudo Azul, estas em parceria com Nelson Motta.
13ºCD: A DIVINA COMÉDIA Ano: 1968 Gravadora: Polydor/Polygram O álbum também foi batizado pela faixa de maior sucesso, Ando Meio Desligado, que tinha ficado apenas em 10º lugar no festival.

14ºCD: FALSO BRILHANTE Ano: 1976 Gravadora: CBD-Phonogram/Philips Baseado no show Falso Brilhante, realizado no Teatro Bandeirantes, tem Elis Regina em plena forma, em Como Nossos Pais, Fascinação e Tatuagem.

15ºCD: PÉROLA NEGRA Ano: 1973 Gravadora: Polygram Com arranjos de Perinho Albuquerque, trabalho revela o talento de intérprete e compositor de Luiz Melodia com Pérola Negra e Estácio, Holly Estácio.

16ºCD: A VOZ, O VIOLÃO Ano: 1976 Gravadora: Som Livre Segundo lugar no Festival Abertura, o sucesso Fato Consumado integra este álbum de Djavan, com Flor de Liz, Maria das Mercedes, Embola Bola e Para-Raio.

17ºCD: AS AVENTURAS DA BLITZ Ano: 1982 Gravadora: EMI-Odeon Com um pop rock debochado, o grupo carioca conquistou fama nacional com sucessos como Você Não Soube me Amar e Mais Uma de Amor (Geme Geme).

18ºCD: GONZAGUINHA DA VIDA Ano: 1979 Gravadora: EMI-Odeon O disco de Gonzaguinha tem um grande sucesso nacional, que é lembrado até hoje, Explode Coração, com arranjo do pianista Gilson Peranzzetta.

19ºCD: SELVAGEM? Ano: 1986 Gravadora: EMI-Odeon Mais um álbum com o toque de Liminha, Os Paralamas do Sucesso saíram de Brasília para ganhar o Brasil inteiro com Alagados, A Novidade e Melô do Marinheiro.

20ºCD: A DANÇA DA SOLIDÃO Ano: 1972 Gravadora: EMI Com sambas populares e refinados, Paulinho da Viola canta temas antológicos como Guardei Minha Viola, Meu Mundo É Hoje e No Pagode do Vavá.

21ºCD: SOMOS TODOS IGUAIS NESTA NOITE Ano: 1977 Gravadora: EMI-Odeon O disco marca a volta de Ivan Lins, que aquele ano havia sido gravado por Elis Regina. Destaque para Mãos de Afeto e Dinorah, Dinorah.

22ºCD: CAÇA À RAPOSA Ano: 1975 Gravadora: RCA Produzido por Rildo Hora, tem o violão percussivo de João Bosco em Mestre Sala dos Mares, Caça à Raposa, Kid Cavaquinho e o bolero Dois Pra Lá, Dois Pra Cá.

23ºCD: CAVALO DE PAU Ano: 1982 Gravadora: Polydor/Polygram/Philips Marca o deslanchar da carreira do pernambucano Alceu Valença, com Tropicana e Pelas Ruas Que Andei, com o baiano Vicente Barreto.

24ºCD: CANTAR Ano: 1974 Gravadora: Phonogram/Philips Com a produção de Caetano Veloso, Gal Costa gravou temas de diversos autores, como A Rã e a clássica interpretação de Lágrimas Negras.

25ºCD: ZÉ RAMALHO Ano: 1978 Gravadora: Epic/CBS Disco de estreia de Zé Ramalho revelou para o País o seu timbre e as suas composições características, com sucessos como Chão de Giz e Bicho de 7 Cabeças, entre outros.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O que fazer no domingo?

Enquanto o horário político e propagandas eleitorais correm a solta, tudo é piada, tudo é festa. Depois do dia 3 de outubro a brincadeira vira realidade de todos os brasileiros. O que esperar dos mesmos governantes e da hierarquia podre dos partidos mais bem colocados nas pesquisas? Esperar que a cada ano a exploração, a miséria, a poluição, a corrupção, o apadrinhamento, os juros, as taxas...aumentem. E, se não bastasse, a educação, o salário (da grande maioria), a igualdade, as oportunidades, o emprego, a justiça, a assistência, os projetos e a reforma sejam, de fato, estinguidos.

Engraçado que muitos comentam e analisam outros governos, por exemplo o de Chavez (o que de fato deve ser ponderado com o decorrer dos abusos políticos), mas quem são os outros para ponderar abusos? Americanos, que fazem e desfazem guerras em seus quintais e do outro lado do mundo? Europeus, que mau conseguem controlar a própria economia e acabar com os regimes monárquicos que não fazem e nunca fizeram nada além de sugar o salário da classe trabalhadora? Ou, talvez, os brasileiros que são, há anos, os sangue-sugas dos países sulistas da América?

Acho que todos têm, ou querem ter, respostas para os demais. Porém, para o próprio país "nunca" há uma solução ou um projeto que direcione e proponha uma mudança. O que vemos todos os anos é o mesmo poder mascarado em interesses dos próprios partidos, que hoje são comandados pelos "cabeças" de antes.
Ariane Cordeiro

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ida

Agora sim,
Vamos todos
Que sim
E os que não
Vão também!

Arruma a casa
Para deixar um
Monte daquilo
Que somos.

Separe o tanto
Para levar do
Pouco que ainda
Teimamos carregar.

Nos deixe ao menos crer
que é possível
acreditar
e
ser.
Ariane Cordeiro

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Vá à banca!

O anúncio de uma novidade da Abril nas bancas me traz um certo receio (Ps.1). Será mais uma publicação sobre o "fantástico mundo da prisão corporativa" ou até dicas de como agradar o seu chefe, não perder o emprego, estresse no trabalho e tantas outras mesmas pautas que parecem mais auto-ajuda. Bom, não era nada disso, felizmente.

A novidade é para quem adora, ama, é fã e simplesmente aprecia as composições e melodias primorosas de Chico Buarque. Se você é mais um, nos milhões deles, fique feliz! A Abril lançou a Coleção Chico Buarque, que reúne os 20 CDs mais representativos de sua carreira. Cada disco vem acompanhado de um livreto que reconta a vida e obra de um dos maiores compositores da MPB. O primeiro volume, Chico Buarque 1978, chegou às bancas por R$ 7,90. Os demais volumes chegam às bancas semanalmente por R$ 14,90.

Outra coleção fantástica que será publicada pela Folha é a de "Livros que Mudaram o Mundo". Vi a notícia ontem na TV e procurei saber mais quais eram os livros selecionados pela editora. A ideia foi reunir obras que mudaram a maneira de o homem pensar o mundo e a si mesmo. No site da Folha de S. Paulo tem todo o cronograma de publicação, segue abaixo:

- 19 de setembro: Charles Darwin - "A Origem das Espécies";
Maquiavel - "O Príncipe" e "Escritos Políticos"

- 26 de setembro: Sigmund Freud - "A Interpretação dos Sonhos"
- 3 de outubro: Adam Smith - "Riqueza das Nações" (Edição condensada)
- 10 de outubro: Platão - "Apologia de Sócrates", "O Banquete" e "Fedro"
- 17 de outubro: René Descartes - "Discurso sobre o Método" e "Princípios de Filosofia"
- 24 de outubro: Thomas More - "A Utopia"
- 31 de outubro: Immanuel Kant - "A Metafísica dos Costumes"
- 7 de novembro: Isaac Newton - "Princípios Matemáticos de Filosofia Natural"
- 14 de novembro: Mao Tsé-Tung - "O Livro Vermelho"
- 21 de novembro: Aristóteles - "A Política"
- 28 de novembro: Santo Agostinho - "Confissões"
- 5 de dezembro: Karl Marx - "O Capital" (Edição condensada)
- 12 de dezembro: Jean-Jacques Rousseau - "Do Contrato Social"
- 19 de dezembro: Blaise Pascal - "Pensamentos"
- 26 de dezembro: Alexis de Tocqueville - "A Democracia na América"
- 2 de janeiro: VOLTAIRE - "Cândido ou O Otimista"
- 9 de janeiro: Bíblia Sagrada
- 16 de janeiro: Alcorão Sagrado
- 23 de janeiro: Discursos que Mudaram o Mundo. Coletânea de discursos e falas de políticos, ativistas e líderes espirituais que marcaram o mundo. Das mais variadas tendências, o volume reúne, entre outros, textos de Franklin Roosevelt ("O New Deal"), Charles de Gaulle ("Apelo aos Franceses"), Adolf Hitler ("A Campanha de Socorro de Inverno"), Winston Churchill ("O Nervo da Paz") e João Paulo 2º ("Discurso de Assis").

Nossa, listando a sequência de livros senti que o ano voou, passando pelo Reveion e a minha possível viagem...Voltando aos livros, deu para sentir que a coleção é uma das melhores que a Folha lançou. O volume individual custa R$ 15,90.

Ps.1: Como jornalista fico muito contente em ver um número maior de novas publicações, porém que tragam um conteúdo. Cansei de ver pautas de como manter a felicidade no ambiente de trabalho, como não se inibir e se submeter MAIS AINDA às pressões, etc.
Ariane Cordeiro

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Maratona italiana, agora com a San Gennaro!

Faz tempo que não posto. A desculpa da falta de tempo não é válida neste caso, o que falta mesmo é um computador. Outro papo que agora não importa. Ultimamente, o que mais tenho feito é ler, ler e ler...jornais, revistas e programações de aquisições de livros. A leitura só tem gerado dor de cabeça ao ver escândalos, patifarias, baixarias e humilhação da sociedade em pleno horário nobre da TV. Como o Simão diz, o otário eleitoral, as provocações e as notícias quentinhas da Casa Civil da mãe Joana é realmente para Tarjas Pretas. Tragédia real de um lado, imagino o que podemos esperar após o 3 de outubro, Netinho, Tiririca e mais 98% dos candidatos figuras carimbadas, mas pelo outro a vida como deve ser, vivida.

No último final de semana fomos à San Gennaro, típica festa italiana de rua no tradicional bairro da Mooca. Adoro aquele bairro, aqueles quarteirões com casas antigas e ruas arborizadas. A festa estava fantástica, com mais diversidade de comidas do que a Acherupita e com uma polenta a parmegiana deliciosa. Bom o programa de comer e beber é sempre o melhor nos fins de semanas frios de São Paulo.

Como a festa fica até o dia 10 de outubro, na Rua San Gennaro, já fizemos até um cronograma do que comer nas próximas visitas. Entre os candidatos eis o lanche de linguiça com berinjela, a polenta cozida, o macarrão e a pizza, de novo! A repartição do cronograma é exatamente para evitar o incidente na Acherupita no mês passado, uma azia e má digestão ao nível do Himalaia.

O melhor dessas festas de ruas é que gasta-se pouco, muito pouco para a satisfação! Um pouquinho antes, fomos ao show do Demônios da Garoa, na Caixa Cultural da Sé. A apresentação foi muito boa e o especial canções de Adoniran Barbosa nem tenho o que dizer, só lembrar a graça e a experiência desses cem anos só com o Demônios. O melhor é saber que a comemoração de um século do nascimento do Adoniran renderam músicas inéditas e uma agenda lotada de apresentações pela capital!

Agora tenho que finalizar e atender o Rede TV! News..nha.

Ariane Cordeiro.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Domingo com clássico, rock e vice-versa

Mais de 40 anos e em mais de 140 formações, a banda feita no Brasil só para tocar rock`n`roll, Made In Brazil, era promessa para mais um domingo de rock`n`roll e com shows na faixa. Assim, após um almoço delicioso partimos de trem para Santo André.

Ao chegar à praça da Prefeitura fiquei aliviada ao ver várias barraquinhas de frituras e cervejas. Pensei, pelo menos não será a mesma furada de Mogi, já que tinhamos esquecido de comprar isopor e cerveja no mercado.
Do outro lado, umas barraquinhas com vinis, porta discos e outros acessórios. A vitrola de R$ 35,00 cairia muito bem se eu tivesse grana na hora, mas tudo bem, já encontramos uma saída econômica de hora. A primeira barraquinah foi a que mais chamou atenção pelo nome e pela rara coleção de vinis brasileiros, com títulos como Lena Rios, Luiz Duarte, Stilo Set, Arnaldo Batista & Patrulha do Espaço, etc..mesmo com tanta qualidade o nome Mopho renderia alusões à banda alagoana.
Conversa pra cá, conversa pra lá, uma passagem de som juntou os tiozões e a galera presente, era o Made in Brazil. Depois de umas cervejas eis que o rock e o blues soou. Não lembro a música de abertura, talvez foi "Gasolina", mas não faltou rock com as clássicas "Paulicéia Desvairada", "Minha vida é o rock`n`roll" e Jack. O Estripador", entre outras.

Depois de 1h de rock outra missão estava por vir: a procura de um boteco para assistir o clássico CorinThians x São Paulo. Após 20 minutos caminhando, subindo e descendo ruas, achamos um boteco cheio de corinthianos e com Heineken a preço bacana. Perfeito.Sentamos e vimos o espetácvulo de bola e 3x0 que poderia ter sido uma goleada.

Final de segundo tempo e torcida cor de rosa, agora bege, vamos ao que interessa: o show do doido psicótico mais que loke e barbeiro, Tom Zé. Uma série de risos, cervejas e as clássicas "Augusta, Angela E Consolação", "Complexo de Epico"...No palco, subiram também Scandurra e Arnaldo Antunes.
Tom Zé encerrou o show numa pontualidade que irrita, nem um bis se quiser, mas tudo bem. De volta a estação de trem, a felicidade e o cansaço era aparente. O domingo se encerrava e a segundona já batia e alertava dores de cabeça e enxaqueca. Valeu a pena.
Ariane Cordeiro

domingo, 8 de agosto de 2010

Passeios...

Ontem, resolvemos sair para dar um passeio em sampa. Estava um dia agradabilíssimo, um dia belo, céu azul, o friozinho característico da capital paulista nos invernos, e resolvemos ir ao Parque da Aclimação da uma volta, um passeio gostoso e agradável a 15 minutos da minha casa. Respirar um pouco de ar puro, ver passaros, bichos e essas coisas não muito comuns em São Paulo.

Depois paramos para comer alguma coisa num bar que serve espetinhos deliciosos, e que por estar comemorando 8 anos de existência, estava vendendo a Bohemia por R$3,80... na verdade esse foi o motivo pelo qual entramos ali, mas nos deparamos com um excelente atendimento, cerveja gelada e uma ótima comida, e um cárdapio variado, com espetinhos de carnes bovinas, suinas e especiais,  o ponto fraco é a música, ao menos do meu ponto de vista, no momento que eu fiquei por lá, apenas tocou música sertaneja e eu bom, eu curto o velho e bom rock'n roll. O que eu gostei mais foi da Kafta, delicíosa. Vimos tb no cardapio uma kafta de Cordeiro, bom esse ficou pra próxima por conta da grana curta,  e além disso ainda passaaríamos na Festa de Ns. Senhora de Achirupita, ou seja ainda tínhamos que reservar um bom espaço no estômago. Para quem quiser dar uma conferida, o Espetinhos Aclimação, fica na Rua Braz Cubas, 356.

Ainda na tarde de ontem, como falei mas acima, fomos para a Festa de Achirupita, bem passeamos um pouco na Paulista, passamos na Casa das Rosas, e vimos que está rolando uma exposição sobre a Pagú, que vale muito apena dar uma olhada, a exposição em 3 atos, é um belo convite para conhecer além da Pagú, a bela estrutura da Casa das Rosas, os dois primeiros atos ficam no andar térreo e o terceiro ato no primeiro andar da casa.


Depois chegamos ao nosso penúltimo destino, o bairro do Bixiga, onde na rua 13 de Maio e adjacências, ocorre a tradicionalisma festa de Ns. Senhora de Achirupíta, ja na sua 84ª edição. ocorre durante todos os finais de semana de agosto. Lá podemos apreciar uma deliciosa Fogazza, pizzas, polentas, Fricazzas, linguiças na  brasa e na chapa, macarrão, antepastos, enfim... grandes delícias da culinária italiana... Recomendamos chegar bem, cedo, um pouco antes das 18 horas (hora do início da festa) e ja ir para a fila das Fogazzas, com certeza  a barraca mais disputada da festa. Comemos duas fogazzas, um sanduiche e línguiça na brasa com vinagrete, e uma pizza... Saímos de lá, voltando à Liberdade dizendo... na semana voltamos e comemos a fricazza, o spaghetti e Polenta à bolognesa.

E assim ficou o nosso passeio de sábado depois da volta da muchacha de salvador... e como viram, ela não foi nem ao O'malleys, nem ao restaurante lá do ultimo post sobre a liberdade... fomos mesmo foi para a Italianada no bixiga... e prometendo voltar na próxima semana... e aqui fico eu tentando descobrir o que fazer para ver o jogo do Timão, contra o menguinho, daqui a pouco...










quinta-feira, 29 de julho de 2010

Fast food japa na Liberdade

Eu queria ter um tempo maior para postar aqui. De dia passo o tempo inteiro escrevendo e acompanhando entrevistas, à noite, não uso a net quando não estou em casa; enfim, correria. O que me alegra é que semana que vem estarei, pelo menos, três dias acordando, recordo que infelizmente de baixo de chuva, em Salvador!
Hoje eu li no blog do Marcelo Katsuki, da Folha, sobre o restaurante Ebis e me impressionei! Olha o último post dele, simplesmente fantástico. No domingo passado, enquanto faziámos compras para o almoço eu e o Fabi paramos em frente e ai que vontade de entrar! É um dos restaurantes mais novos da Liberdade, fica ali na Galvão Bueno. Além de bunito, de aperência "segura" (pela limpeza) e ainda é uma exceção à minha regra: restuarante claro = caro.
O prato que me interessei foi o gydon, que não conhecia e simplesmente fiquei com água na boca. Parece muito a carne louca que minha mãe fazia quando eu era pequena. Como não comia pão eu colocava com arroz e ovo cru e mexia, maravilhoso, o ovo cozinha com o calor da carne e dá uma "liguinha", mesmo sem ter amido! (:
Bom, estou na mira do fechamento. Segue o link para acesso: http://marcelokatsuki.folha.blog.uol.com.br/
Sem dúvida será o segundo lugar que irei ao retornar de Salvador. O primeiro, óbvio, já é de lei...O`Malleys!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Que venha um novo mano ao Corinthians

Falar de Corinthians sem me alterar é uma tarefa árdua, porém necessária. Corinthiana desde os três anos de idade e torcedora da verdadeira bomboneira preta e branca chamada "Cohab José Bonifácio", presenciei ontem o melhor final possível para a era Mano Menezes: a vitória de 3x1 contra o Guarani.

O Corinthians marcou já com 2min do 1º tempo, um gol tipo Eno, alívio imediato. Empate e apreensão. Depois uma série de infelicidades, como: torcedor palmeirense enchendo o saco e bêbado falando merda no bar, gol do Guarani, a explusão do Dentinho e, no Engenhão, o Fluminense retomava a liderança do campeonato.

Mas o domingo era do novo treinador da Seleção Brasileira, que até pressionou a arbitragem para a expulsão do zagueiro Aílson. E com o segundo vermelho da noite, o Corinthians entrou na partida e Bruno César mostrou o porque é o nosso artilheiro: marcou duas vezes e garantiu a vitória. Para completar a alegria, no Engenhão, Edno, emprestado pelos corintianos, fez contra o Flu e devolveu a ponta ao clube com o qual tem contrato.

Mano Menezes teve uma despedida emocionante, ovacionado pela torcida e com direito a volta olímpica e reverências ao tobogã. Depois passou por um corredor formado pelos jogadores e foi embora para a Seleção. E agora, que venha Adílson Batista, o novo mano da Fiel.

terça-feira, 20 de julho de 2010


No último domingo, dia 18, mesmo que quase sabotados pelo Guia do Estadão, conseguimos assistir ao "O Som Nosso de Cada Dia". O show como o esperado foi sensacional. A participação especial do Manito só aumentou a potência e a vibração, fazendo com que a biblioteca, no bairro do Tatuapé, transmistisse a energia e o bom rock progressivo da banda dos anos 70.

Aliás, o show contempla uma homenagem especial ao grande Manito. Além do "O Som Nosso de Cada Dia" e o "The Jordans", no início de julho, Manito tocará no próximo domingo com o Mind Priority.
O show faz parte de um dos trabalhos atuais do músico fora do rock brasileiro. O estilo é o “Brazilian Jazz Fusion”, com repertório autoral que une ritmos brasileiros como baião, xote, samba e samba funk. A mistura de diversos ritmos é resultado das diferentes origens e etnias dos integrantes da banda. O resultado será outro domingo com o bom e velho Manito.

domingo, 18 de julho de 2010

Corinthians x Atlético MG


É hoje às 16h no belíssimo estádio do Pacaembu, onde o Corinthians fa uma campanha 100% nesse Brasileirão que o timão defende a primeira colocação no campeonato, as voltas de Dentinho e Jorge Henrique no ataque faz com que nós tenhamos a esperança de que saiam os gols que faltaram contra o Ceará.

Vai corinthians!!!

sábado, 17 de julho de 2010

O Som Nosso de cada Dia

A cidade de São paulo nos brinda com um show da banda O Som Nosso de Cada Dia hoje às 18h... banda dos anos 70, na minha opinião com um dos discos clássicos do rock nacional, o snegs lançado em 1974. O interessante é que o Guia Cultural do Estadão trazia a informação, mas completamente errada, dizendo que o show aconteceria, ontem (no sabado 17) às 20h, ou seja data e hora da programação erradas... bem não sei quantos foram parar lá por conta dessa informação errada, mas eu sei que eu fui um deles... de qualquer forma aqui vai a informação correta e eu novamente irei para o local do show... São paulo comemorando em alto estilo o Mês mundial do rock =)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Bento House, o melhor da Li-ber-da-de


O Bento House é um restaurante/ bar que encanta logo na primeira visita. Uma vez lá e se prepare para virar frequentador assíduo! Localizado na praça da Liberdade, em frente a estação do metro, o Bento é considerado parada obrigatória para uma cervejinha e um petisco ao sair do trabalho.

Aliás, a fama não é à toa. De segunda a domingo, você poderá encontrar o melhor yakissoba de São Paulo(por R$9,90), deliciosos combinados de sushis, porções orientais e as deliciosas mini porções de frutos do mar e raízes. É quase impossível decidir a melhor, mas entra no pálio a de mini polvo, lulas, mariscos e de pepino (apesar de fazer um tempo que não a como). Cada uma sai por R$ 7,90, o que para quesito Liberdade é um preço bem generoso!

Além da comida, os clientes são umas figuras à parte. Senhores já de idade japoneses e brasileiros que passam todas as noites para tomar as suas cervejinhas e petiscar por ali. Diga-se de passagem, frequento o Bento há quatro anos e me considero personalité.

Nos fins de semana é possível encontrar o delicioso buffet. O kilo gira em torno de R$ 30 e a satisfação é garantida. Só não se empolgue, pois os sushis, sashimis pesam demais (experiência própria). No nosso prato de almoço/petisco não pode faltar: camarões fritos, salada de Lula molusco e polvo, salmão grelhado, niguiri, salmão e atum cru, etc. Outros itens fantásticos, mas que até evito olhar, é a picanha e o frango assado, ai me dá até fome!

Apesar de não ter imagens do Bento, mesmo procurando "só" no Google, achei uma porção que ilustra muito bem o melhor petisco da Liberdade! Além do Bento, há também o restaurante "Kare Ya" (com o segundo "melhorrrrr ya-kis-so-baaaaaaaa!") e o botecasso "Amigos da Liberdade" são perfeitos para porções fartas, cervejas e outros posts.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Hoje é de Curinthia, mano!

Hoje, recomeça o Brasileirão, hoje recomeça a saga Corinthiana em busca do seu quinto título brasileiro, hoje milhões de corinthianos estarão torcendo seja no estádio, lá no Ceará, quanto em frente às suas TV's, radinho na orelha no trampo, em qualquer que lugar que esteja, torcendo, vibrando, chingando, loucos pra ver o Corinthians seguir líder do Brasileirão.

Calhou o destino de a primeira partida depois da Copa do Mundo, ser entre as duas equipes que mais acumularam mais pontos nas sete rodadas anteriores à Copa.

A 8ª rodada do Brasileirão define quem larga na frente a partir de agora, Corinthians ou Ceará, e com bom fiel torcedor corinthiano, estarei aqui, torcendo feito louco junto com a minha companheira, emanando boa sorte ao TIMÃO!!!

Êoooo, Todo poderoso timão!

Vaaaaaaaai Curintia!!!!

Não só a palmada dói

Ao almoçar um delicioso strognoff de frango, digno de repetiçÕES, desci para bater um papo com as duas tchucas do trampo. Começamos a falar de viagens, barcos, twitter e blogs. Este último calhou muito no momento em que eu e mi cocinero montamos este espaço.

O foco é abordar a cidade de São Paulo, notável. Relatar sobre algumas curiosidades boas e ruins, como espaços públicos e privados, restaurantes, bares, cinemas, avenidas, estádios (no cronograma seguindo o Timão) e diversos outros lugares que entram em pauta.
Sabendo disso, o meu foco teve um gancho digno de uma astigmática. Exageros à parte, até confesso que só hoje quis escrever sobre outros assuntos, talvez seja o tempo demasiado cinza e a falta de um por do sol alaranjado. Hoje, por exemplo, quis escrever sobre o "Funhouse" do Stooges, que completou longos 40 anos.

Entre inúmeras notícias como o confronto na Irlanda do Norte, a corrida medíocre de touros em São Firmino e os presos políticos saindo de Cuba, a nota do projeto de lei que prevê proibir as "palmadas" em crianças repercurtiu e muito na mídia. O porque é meio óbvio em época de eleições e bate-boca entre oposições. (Grande áspas. Lembrei que li no twitter do Cláudio Tognolli, jornalista, ghost writer e meu orientador de TCC, esse twit foda: Lula: "Dilma estah muito a esquerda: deve fazer conversão de 360 graus jah" ) continuando....Creio que trabalhar ouvindo o dia inteiro a CBN colaborou e muito com o post. Já devo ter perdido a conta de quantas vezes escutei a mesma manchete, repetida inúmeras vezes a cada quadro e jornal. Vencida pelo cansaço decidi redigir um "pequeno abre", ou como meus companheiros dizem: irei abrir um abre.

Não consigo imaginar uma criança que nunca levou uma palmada ou beliscão dos pais. Ainda que esses dois exemplos citados são os mais clássicos e singelos possíveis. Quando menor, minha mãe abusava da criatividade com cintas, varinhas, havaianas, panos de pratos, entre outros artefatos. Na época, óbvio, que planos maquiavélicos não faltam para uma ação contrária, porém sempre abortados. Mas, o que parece que não vai ser declinado é o projeto de lei, enviado hoje ao Congresso Nacional, que visa proibir as famosas esquentadas dos pais.

A proposta foi levada ao governo pela rede "Não bata, eduque", que reúne ONGs na direção. A proposta inclui intens como penalidades ao "castigo corporal" e "tratamento cruel e degradante" como violações dos direitos na infância e adolescência. As penas são as mesmas já previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na qual pais, mães e cuidadores de crianças e adolescentes podem ser condenados e até encaminhados para programas de proteção à família e tratamento psicológico a advertência e até perda da guarda.

De fato, nada justifica uma agressão, mas há uma grande diferença entre uma palmada e um soco. A força ou a violência do agressor não será menor por conta de uma lei. Se assim fosse não haveria assassinos, psicopatas, estupradores, assaltos, desvio de dinheiro, preconceito...O buraco é mais embaixo e um dos pontos está na base educacional e desenvolvimento cultural da sociedade. Muitos não possuem ao menos condições dignas de viver, quanto mais criar e ter tempo para os filhos.

Com o avanço do debate, principalmente na mídia, o projeto pode ser aprovado antes mesmo de inúmeras propostas que estão à mercê da boa vontade de nossos queridos não companheiros. Pois, se o projeto for aprovado o que mudará nos casos de violência infantil? A impunidade, de certa forma, será a mesma. Não adianta tapar o Sol com a penera (ótimo jargão de avó).

O mais "engraçado" foi a relevância dada pelo presidente Lula, que contribui para os urubus do jornalismo, que disse em entrevista que em uma situação larga um "beliscão é uma coisa que dói pra cacete" e complementou que se considera uma pessoa "abençoada" por nunca ter apanhado dos pais. "Meu pai era um homem bruto, quem viu o filme (Lula, o Filho do Brasil) sabe, mas nunca apanhei dele e nunca bati em meus filhos".

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mostra "Rock Tarantino" e show do Crazy Legs no mês do rock


Bom, ver eventos gratuitos rolando em massa no mês do rock. São shows, exposições, salas de cinema, tudo reservado e com temas exclusivos para a data. Entre os destaques estão a mostra "Rock Tarantino", no CCSP, e o show do Crazy Legs, na Galeria do Rock.


"Rock Tarantino":

A mostra acontece de 13 a 31 de julho, no Centro Cultural São Paulo, ao lado do metrô Vergueiro. Serão exibidas alguns dos principais filmes que influenciaram o diretor Quentin Tarantino na criação dos dois volumes do longa Kill Bill. Ainda na programação, está marcada a pré-estreia nacional de “À prova da morte”, do cineasta.



Já o show do "Crazy Legs" acontece no sábado, dia 17, às 14h, na Galeria do Rock, localizada na Av. São João, 439 ou Rua 24 de maio, 62 - Centro.


O evento "Mês do rock na Galeria do Rock" começa hoje, dia 13, e se estende até o dia 31 de julho com shows e palestras. O que realmente me interessou foi o show do Crazy Legs, mas segue a programação completa para quem quiser dar uma espiada:


Programação de shows:


Dia 17 de julho, Sábado – Show com as bandas:Trovadores de Bordel – 11h Crazy Legs – 14h Granada – 16h* Ao final sorteio de uma Guitarra Tagima


Dia 24 de julho, Sábado – Show com as bandas:
Mó H – 11h Sova – 13hCólera – 16h* Ao final sorteio de uma Guitarra Tagima


Dia 31 de julho,Sábado – Show com as bandas:
Lipstick – 11hOs Ontem – 14h


Palestra Sexo Drogas e Rock’n Roll (Roberto Shinyashiki) – É médico-psiquiatra com pós-graduação em Gestão de Negócios (MBA – USP) e doutor em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP) e integrante da banda Os Ontem junto com Célio Ramos, fundador da EM&T (Escola de Musica e Tecnologia). Profundo conhecedor da alma humana, ele tem a capacidade de entender a realidade e as necessidades dos indivíduos, isso faz de Shinyashiki uma referência em temas como carreira, felicidade e sucesso. Como consultor, palestrante e autor, Roberto Shinyashiki ministrou cursos de especialização nos EUA, na Europa e no Japão. Também participou dos congressos de desenvolvimento e treinamento mais importantes no mundo, palestrando inclusive no Congresso ASTD – American Society for Training & Development, nos EUA.


A Mafia – 17h* Ao final sorteio de duas Guitarras Tagima

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Liberdade paulistana


A história de amor entre os japoneses e o bairro da Liberdade é antiga. Já a partir de 1912, até 1942, o bairro foi uma das principais portas de entrada dos imigrantes na capital de São Paulo. Imigrantes que saiam da lavoura, no interior do Estado, em busca de trabalho.
A rua que mais atraiu os imigrantes era a Conde de Sarzedas, que fica na divisa do centro com a Liberdade. Na região era possível alugar porões por preços baixos e conseguir empregos no comércio que ascendia. Na mesma época, iniciou o comércio de produtos nipônicos na região.

Na década de 30, o bairro começou a tomar forma e as diferenças com outras regiões da capital ficaram visíveis: as placas com letras orientais começavam a tomar o ambiente. Outra caracteristica era o esporte praticado, no pouco tempo livre, nas ruas:o beisebol.

O crescimento do bairro e do poder aquisitivo dos japoneses foi limitiado ainda na década de 30, quando o governo Getúlio Vargas adotou uma política de retaliação aos imigrantes dos países do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Os japoneses foram impedidos de realizar suas atividades e muitos foram expulsos da região.

O conflito se estendeu mesmo após a saída de Vargas do poder. O final da Segunda Guerra Mundial deu inicio a um novo período à região, pois muitos japoneses fugiram do país natal e vieram procurar uma oportunidade de vida e emprego, se instalando na região.

Viver num país com a cultura totalmente diferente não é nada fácil, por isso, na época, os japoneses começaram a desenhar, num formato exclusivo, o bairro. Já a partir da década de 60 começaram a surgir organizações importantes onde os nikkeis se reuniam, como a Associação Cultural e Assistencial da Liberdade (ACAL).

Os anos 60 foram marcados também por obras que trouxeram modificações críticas à região, como a construção da Avenida 23 de Maio, abaixo do atual viaduto de Osaka, e o metrô da linha Azul.

Nos planos do metrô surgiu a ideia de transformar o bairro em um chamariz turístico e comercial. Era o nascimento do chamado Bairro Oriental que recebeu da prefeitura decoração especial, com a instalação das luminárias típicas, de letreiros em japonês na fachada das lojas, a construção de portais e a reformulação das calçadas.

Em novembro de 1974, 40 mil pessoas assistiram à inauguração da nova cara do bairro, que deixaria definitivamente o caráter residencial. Um ano depois, foi a vez da abertura da feirinha da Praça da Liberdade, que se tornou um dos marcos da cidade e se estende até os dias de hoje.

De lá para cá, a Liberdade ainda é uma das maiores referências da colônia japonesa em São Paulo. Definitivamente, há muitos japoneses na região que se enquadra da Vergueiro à praça da Liberdade, próximo à praça da Sé. No entanto, embora o bairro seja manchetado e aparência continue nipônica, ele é formado por uma grande concentração de coreanos, chineses e brasileiros. A diversidade cultural ganhou força ante a tradição.

Hoje, a tranquilidade e a beleza dos formatos orientais dão lugar à rotina comercial caótica, trânsito, universidades e escolas que chegam a ocupar quarteirões, empresas de diversos portes e tamanhos, bares e restaurantes abertos quase 24hs por dia. A revitalização do bairro era um projeto, que iniciado em 2001, está parado. Creio que entre as prioridades deveriam estar a infraestrutura necessária aos moradores, como calçadas, ruas devidamente asfaltadas e um dos problemas mais graves do bairro, que divide a ãtenção com diversos outros, a limpeza.

A limpeza e coleta de lixo é uma obrigação da Prefeitura, mesmo assim, a coleta diária não é suficiente ao número de pessoas, estabelecimentos comerciais e residenciais que o bairro possui. Ao invés de manter a higiene, muitos donos de restaurantes, bares e até lojas entulham, diariamente, lixos e restos de comida, o que já retrata o disperdício e mesquinharia dos mesmos, além de caixas de papelão pelas ruas e calçadas. Mesmo que retirados, os lixos com a ação da chuva, animais e até pessoas acabam entupindo boeiros e propiciando o aparecimento de infecções.

Bom, são inúmeras qualidades e problemas encontrados nesse bairro, de essência japonesa e alma brasileira. Porém, se listar não trabalho e muito menos escrevo algo a nada hoje..então vamos lá (zuera). Adoro a Liberdade e, há cinco anos, esse bairro ilustra histórias e mais histórias de minha vida.